Displays, cartazes,
pendurantes, stoppers, ilhas,
gôndolas, topos... Estas são algumas das palavras que ouvimos quando falamos em
merchandising, nomeadamente quando
nos referimos a grandes espaços comerciais como as superfícies de bens de consumo (híper e
supermercados).
“Mas afinal, o que é merchandising?”.
É uma boa pergunta, caro leitor. As definições variam e o termo é, muitas
vezes, erroneamente aplicado, mas de forma simples e resumida, podemos definir merchandising como uma área de actuação do marketing que inclui técnicas de apresentação e
de exposição de produtos nos pontos de venda, fazendo uso de meios físicos e
psicológicos. Hoje vamos debruçar-nos sobre meios eminentemente físicos.
Os meios físicos são, basicamente, todos os suportes expositivos que, de
forma mais ou menos subliminar, chamam a atenção do potencial cliente. Assinalamos,
entre outros:
Displays – expositores mais ou menos simples
fornecidos pelo fabricante;
Cartazes – assumem diversas formas e dimensões;
Pendurantes – peças penduradas nas prateleiras do linear, por
exemplo, onde se expõe produtos como batas fritas ou gomas;
Stoppers – espécie de “orelha”. Peças de cartão
ou acrílico perpendiculares às prateleiras e que chamam à atenção para a
localização de um produto no corredor;
Ilhas – as arcas frigoríficas horizontais, por exemplo;
Gôndolas – podem ser frigoríficas e são equipamentos expositivos
muito comuns nas grandes superfícies. Basicamente, são estantes com duas faces;
Topos – complementam as gôndolas e beneficiam de grande destaque
pois estão à entrada dos corredores da categoria de produtos e são visíveis
enquanto circulamos nos corredores principais.
Não vamos aqui definir todas as formas de exposição
conhecidas. Todas elas estão mais ou menos “catalogadas” e definidas, mas
existe, ainda assim, espaço para a originalidade e recriação de conceitos. Por
isso mesmo, caro leitor, aqui deixamos alguns exemplos ilustrativos e criativos.
Alguns deles obtiveram concretização prática, outros não chegaram a sair do papel,
mas todos representam bem a importância do design ao serviço do merchandising e de ambos ao serviço do
marketing.
Stopper
da Nutella. Um conceito já existente mas aqui muito
trabalhado ao nível do design (conceito de Andrey Fedotov).
Um pendurante da Palmolive que, ao mesmo tempo,
podemos considerar um stopper.
Um expositor simples com produtos da Nesquick
destaca-se devido à acção de um stopper
perfeitamente tradicional e, sobretudo,
devido ao “jogo da macaca” colocado no chão, em vinil, que promove a interacção
com o consumidor-alvo: as crianças.
Display da Kellogg’s (conceito de Andrés Alvarez).
Display
da Coppertone, aludindo à temática do Verão, estação
de maior consumo dos produtos da marca (conceito de Ricardo García).
Um arco da Axe que, ao mesmo tempo, funciona como display. O mérito desta criação está no
facto de que quem quiser entrar no corredor daquela categoria de produtos, vai
ter de se deparar com os produtos da Axe.
Pequeno display da
Knorr, colocado junto a bens de consumo que podem ter afinidade com a gama de
produtos da marca (cross-merchandising).
Display
de grandes dimensões e que conta, ainda, com a
presença da vaca mascote da Milka que representa um stopper,
ao mesmo tempo que remete para o imaginário dos anúncios televisivos da
marca (conceito de Nuno Alves).
Topo destinado a
produtos da Unilever. Como já dissemos, os topos são localizações especialmente
privilegiadas, mas também dispendiosas (conceito de Ricardo García).
Topo da Palmolive que recria o ambiente de banho ou
duche e remete para as imagens normalmente associadas aos anúncios da marca (conceito
de Daniela Olivares).
Texto: Luís Lima
Fotografia: Direitos Reservados
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